Eu era como a Karine (do blog Ká.Entre.Nós, que eu adoro), que somente assistia futebol na época da Copa do Mundo ou quando o Brasil jogava, mas morar na Irlanda e estar noiva de um irlandês isto é quase impossível. Como uma boa companheira, tenho que ter paciência para assistir, ou tentar, ao campeonato de futebol Europeu, Gaélico, Rugby, etc. e tal...e olha que já estou entendendo um pouquinho (risos).
No Sábado, fui registrar a movimentação dos torcedores nos arredores do estádio Croke Park, em Dublin, que tem capacidade para 82 mil pessoas. Saí de casa com minha câmera nas mãos pronta pra fotografar e gravar alguns momentos para vocês entenderem a loucura dos irlandeses por qualquer tipo de futebol; e confesso que me diverti bastante. Não é somente em Sant Patrick’s Day que os irish se vestem de verde. E só a Irlanda disputar a um “game” que os vemos todos enfeitados com bandeiras, chapéus, camisetas e cachecóis. Tudo isso para torcer pelo País, um enorme sentimento de patriotismo e esportismo que é até legal de se ver.
A Seleção Irlandesa de Rugby disputou com a Escócia neste dia. Então vocês devem imaginar a mistura cultural: um bando de irlandeses caracterizados e um bando de escoceses vestidos com os seus saiotes, chamados “kilt”. Quando vi aqueles homens de saia, fiquei pensando: Será verdade que eles não usam cuecas embaixo das saias? Então... fiz esta pergunta ao meu noivo e ele fez um sinal pra eu levantar a kilt de um irlandês e disse: "- Try Danda!" Mas quem disse que eu tive coragem, até que seria emocionante, e ainda estou com esta dúvida na cabeça. (risos) Quem puder me ajude a decifrar.


Andando no meio daquela multidão ouvi um som diferente e fui verificar. Era um jovem menino tocando gaita-de-fole, tradicional instrumento da Escócia, que tem uma peculiaridade onde o músico não precisa pausar para respirar, pois a gaita tem um mecanismo contínuo, bem diferente dos outros instrumentos de sopro. Eu acho a melodia interessante, apesar de ser um pouco repetitiva para meu gosto. O mais interessante era que o menino usava a camiseta da seleção irlandesa e a saia dos escoceses, acredito eu, para agradar as torcidas e ganhar "money" dos dois lados. Inteligente o garoto...
Mais a frente, tentei fotografar uma banca de vendedores ambulantes e de-repente a dona gritou: “- For take a pictures is five euros”. E eu respondi “– Oh my god! you love money a lot” e todos que estavam por perto gargalharam com a situacão e com a “munheca” da vendedora. Enfim, nao fotografei esta banca, mas tirei foto de uma outra logo em seguida.
E para fechar a tarde e a caminhada com chave de ouro e fazer “My Love” feliz, o famoso jogador da Seleção Irlandesa de Rugby, Jerry Flannery, passou bem pertinho de nós. Ele - que estava impossibilitado de jogar a esta partida - ficou sorridente e simpático algum tempo ali, conversando e dando autógrafos. Sinceramente, se não fosse meu noivo estar comigo, nem veria o tal atleta. Como já disse: - Me esforço, mas sou um desastre em assuntos de futebol. (risos). Estou melhorando minha gente! Hoje já sei que no passado a maioria dos jogadores de Rugby na Irlanda eram doutores e ricos, o que fez este esporte ser elitizado por aqui.


Voltamos pra casa rapidinho para assistir ao jogo, é claro, mas os irish foram infelizes. A Irlanda que era a favorita perdeu para Escócia por 23 a 20. Com a derrota, a Irlanda perdeu a chance de lutar pelo bicampeonato do Six Nations. Nos últimos sete anos, a Irlanda foi soberana, conquistando cinco títulos. Com a surpreendente derrota, o título da competição ficou com a França. (Foto ao lado RTE)
Hoje eu sei que quem disse que Futebol não é Cultura estava errado com esta afirmação.
Veja um pouquinho desta aventura
Saiba mais sobre o Hugby
Em 1823, durante uma partida de futebol nathe close ao rugby school, na cidade do rugby, na Inglaterra, diz a lenda que william webb ellis, sem muita hablidade com os pés, ficou nervoso que a sua equipa perda, agarrou a bola e partiu em direcção a golo adversário. Alguns adversários, vendo a cena, tentaram impedi-lo de correr enquanto outros o xingavam. O que para alguns pareceu maluquice para outros foi fantástico: “é assim que queremos jogar”. A partir dai, começou a fazer regras diferentes em cada cidade ate que a associação de futebol resolveu adaptar as duas àquele novo jogo, não dando muito certo. Quando da tentativa de uniformização das regras, houve divergências que acabaram levando a formação de dois órgãos distintos do Rugby Football Union e o Rugby Football League. Este ultima esta entre o rugby tradicional (Union) e o futebol americano. O rugby transferiu-se facilmente para outros países, principalmente colônias inglesas, graças aos súbditos da Rainha Vitoria que espalharam o exporte pelo mundo. Aonde chegava, encontrava imediata aceitação entre as escolas, universidades e forças armadas. Os soldados, que eram enviados em missões para outros países, acabavam espalhando o exporte com finalidade de desenvolver o físico, a mente e o espírito de grupo. Na África do Sul, foi usado para aproximar britânicos e africanos. Na Irlanda, para reconciliar católicos do sul, foi usado para aproximar britânicos e africanos.
Na Irlanda, para reconciliar católicos de sul e protestantes do norte. Graças a atitude irreverente de William Webb Ellis, o rugby tornou-se um exportes com capacidade de unir os homens. Na particular ele não foi nenhuma celebridade, chegando mesmo a ser esquecido. Quando deixou a Public School of rugby transferiu para Oxford, formando-se padre. Hoje em dia a Taça dada ao Campeão Mundial leva seu nome.
Fonte: sites.google.com/site/historiadorugby/históriadorugby
Regras
Os 15 jogadores têm designações/funções diferentes
Defesas ou jogadores das linhas atrasadas - Pontas (2), centro (2), defesa ou arriére (1)
Médios - De formação (1), de abertura (1)
Avançados - Tanador (1) m, pilares (2), saltadores ou segundas linhas (2), asas (2), terceira linha (1)
A competição é dirigida por uma equipa de arbitragem constituída por
Uns árbitros que tem como função a segurarem o comprimento das leis do jogo;
Dos árbitros auxiliares/juízes de linhas que o auxiliam nessa função.
Tour Cultural pelo Croke Park
Atraindo visitantes de todo o País e ao redor do mundo, o Croke Park Stadium oferece um “Tour” em suas instalações durante quase o ano todo. As visitas são guiadas por um grande conhecedor da historia do estadio - de mais de 100 anos - que ira lhe mostrar a arenas esportivas, centro de conferências, vestiários, seção vip, centro de mídia, museu entre outros.
Horarios
Janeiro a abril e outubro-dezembro
Segunda a Sábado, 11,00, 13,00 e 15,00
Domingo 13,00, 14,00 e 15,00
Abril-junho
Segunda a Sábado 10,00, 11,00, 12,00, 13,00, 14,00 e 15,00
Domingo 13,00, 14,00 e 15,00
Julho-agosto
Segunda a Sábado 10,00, 11,00, 12,00, 13,00, 14,00, 15,00 e 16,00
Domingo 13,00, 14,00, 15,00 e 16,00